Sábado, 26 de Fevereiro de 2011
NAÇÃO ANGOLA
OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA:A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Banto:
Leia mais em Mais Informações
Tata Ria Inkice | Zelador / Pai |
Mameto Ria Inkice | Zeladora / Mãe |
Tata Ndenge | Pai pequeno |
Kixika Ingoma | Tocador |
Tata Kambono | Ogan |
Tatta Kivonda | Aquele que sacrifica os animais |
Kinsaba | O que colhe folhas |
Kikala Mukaxe | Filho de santo |
Tata Utala | Herdeiro da casa |
Dikota | Ekedi |
Kijingu | Cargo |
Tata Unganga | O que joga búzios |
Zakae Npanzo | Troncos de árvores colocados nas portas dos santos |
Munzenza | Iniciado |
Ndunbe | Abian |
Vumbi | Egun |
Dizungu Kilumbe | Saída de santo |
Dimba Inkice | Obrigações oferecidas aos Santos |
Kumbi Ngoma | Dias de toque |
Kufumala | Defumação |
Dizungu Nlungu | Kamoxi Rianga Kaiai Kairi Katatu Kairi Kakuãna Kauanã |
Sukuranise | Troca das águas nas quartinhas |
Kota | Filhos com mais de 07 anos de feitura |
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
NAÇÃO ANGOLA
OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA:A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Banto:
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Tata Ria Inkice | Zelador / Pai |
Mameto Ria Inkice | Zeladora / Mãe |
Tata Ndenge | Pai pequeno |
Kixika Ingoma | Tocador |
Tata Kambono | Ogan |
Tatta Kivonda | Aquele que sacrifica os animais |
Kinsaba | O que colhe folhas |
Kikala Mukaxe | Filho de santo |
Tata Utala | Herdeiro da casa |
Dikota | Ekedi |
Kijingu | Cargo |
Tata Unganga | O que joga búzios |
Zakae Npanzo | Troncos de árvores colocados nas portas dos santos |
Munzenza | Iniciado |
Ndunbe | Abian |
Vumbi | Egun |
Dizungu Kilumbe | Saída de santo |
Dimba Inkice | Obrigações oferecidas aos Santos |
Kumbi Ngoma | Dias de toque |
Kufumala | Defumação |
Dizungu Nlungu | Kamoxi Rianga Kaiai Kairi Katatu Kairi Kakuãna Kauanã |
Sukuranise | Troca das águas nas quartinhas |
Kota | Filhos com mais de 07 anos de feitura |
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Emidio de Ogum
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NAÇÃO ANGOLA
OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA:A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Banto:
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Tata Ndenge | Pai pequeno |
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Kinsaba | O que colhe folhas |
Kikala Mukaxe | Filho de santo |
Tata Utala | Herdeiro da casa |
Dikota | Ekedi |
Kijingu | Cargo |
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Zakae Npanzo | Troncos de árvores colocados nas portas dos santos |
Munzenza | Iniciado |
Ndunbe | Abian |
Vumbi | Egun |
Dizungu Kilumbe | Saída de santo |
Dimba Inkice | Obrigações oferecidas aos Santos |
Kumbi Ngoma | Dias de toque |
Kufumala | Defumação |
Dizungu Nlungu | Kamoxi Rianga Kaiai Kairi Katatu Kairi Kakuãna Kauanã |
Sukuranise | Troca das águas nas quartinhas |
Kota | Filhos com mais de 07 anos de feitura |
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
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NAÇÃO ANGOLA
OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA:A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Banto:
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Tata Ria Inkice | Zelador / Pai |
Mameto Ria Inkice | Zeladora / Mãe |
Tata Ndenge | Pai pequeno |
Kixika Ingoma | Tocador |
Tata Kambono | Ogan |
Tatta Kivonda | Aquele que sacrifica os animais |
Kinsaba | O que colhe folhas |
Kikala Mukaxe | Filho de santo |
Tata Utala | Herdeiro da casa |
Dikota | Ekedi |
Kijingu | Cargo |
Tata Unganga | O que joga búzios |
Zakae Npanzo | Troncos de árvores colocados nas portas dos santos |
Munzenza | Iniciado |
Ndunbe | Abian |
Vumbi | Egun |
Dizungu Kilumbe | Saída de santo |
Dimba Inkice | Obrigações oferecidas aos Santos |
Kumbi Ngoma | Dias de toque |
Kufumala | Defumação |
Dizungu Nlungu | Kamoxi Rianga Kaiai Kairi Katatu Kairi Kakuãna Kauanã |
Sukuranise | Troca das águas nas quartinhas |
Kota | Filhos com mais de 07 anos de feitura |
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
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NAÇÃO KETU
O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de orixá.
A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de forma oral.
Basicamente este culto está assim organizado:
Leia mais em Mais Informações
Olorun - Senhor Supremo ou Deus Todo Poderoso.
Olodumare – Senhor do Destino .
Orunmilá – Divindade da Sabedoria (Senhor do Oráculo de Ifá)
Orixá – Divindade de Comunicação entre Olodumare e os homens, também chamado de elegun, onde a palavra elegun quer dizer
"aquele que pode ser possuído pelo Orixá".
Egungun – Espíritos dos Ancestrais
Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos explicações plausíveis para determinados ritos.
O MITO DA CRIAÇÃO Yorubá: Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos e um camaleão.
A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.
Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda à Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda à Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo outra alternativa, Oxalá furou com seu opasoro o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se podia ver no Bosque de Olose.
Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada à Oxalá: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então derrotado e Oduduwa tornou-se o primeiro Oba Oni Ifé ou "O primeiro Rei de Ifé".
Cargos (postos) ocupados em um Ilê Axé
Olóyès , Ogãns e Àjòiès
Iyalorixá/Babalorixá: | Mãe ou Pai de Santo, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás. |
Iyaegbé/Babaegbé: | É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto paralelo ao da Iyalorixá ou Babalorixá. |
Iyalaxé: | Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores. |
Iyakekere: | Mãe pequena do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê. |
Ojubonã: | É a mãe criadeira. |
Iyamoro: | Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna. |
Iyaefun/Babaefun: | Responsável pela pintura dos Iyawos. |
Iyadagan: | Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan. |
Iyabassé: | Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxilia-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual. |
Iyarubá: | Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro. |
Aiyaba Ewe: | Responsável em determinados atos em obrigações de "cantar folhas". Geralmente filhas de Oxun. |
Aiybá: | Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi. |
Ològun: | Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê. |
Oloya: | Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya. |
Mayê: | Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú. |
Agbeni Oyê: | Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa. |
Oyê: | Se relaciona com a Yaefun/Babaefun; ou seja, coisas de AWO para iniciação. |
Olopondá: | Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto. |
Iyalabaké: | Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar de obrigação. |
Kólàbá: | Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo. |
Agimuda: | Relação com o Ipadê de Exú. Aquela que carrega a espada. Titulo feminino usado no culto de Oya e Geledé. |
Iyatojuomó: | Responsável pelas crianças do Axé. |
Iyasíhà | Aiyabá é quem segura o estandarte de Oxalá. |
Omolàra: | Posto de confiança. |
Sarapegbé: | Mensageiro de coisas civis e de awo. |
Akòwé Ilê Xangô: | É a Secretária da casa de Xângo. Zelo, Orô e compras. |
Babalossayn: | Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância. |
Outros Vocabulários da Língua Yorubá |
- A - Adó = comida feita com pipocas em grão e epô. Abá = pessoa idosa, velho. Abadá = blusão usado pelos homens africanos. Abadó = milho de galinha. Abará = nome de uma comida de origem africana. Abébé = leque. Abiodum = um dos Obá da direita de Xangô. Adê = coroa. Adetá = Oriki, nome sacerdotal. Adun = comida de Oxun, milho pilado, azeite dendê e mel. Afonjá = uma qualidade de Xangô. Agboulá = nome de um Egun. Agôgô = instrumento musical feito de ferro. Ayabá = orixá feminino, senhora idosa. Aiê = o mundo terrestre. Airá = uma qualidade de Xangô. Ajá = campainha, sino. Ajimudá = título sacerdotal. Akôrô = uma das invocações e dos nomes de Ogun. Aku = obrigação funerária. akukó = galo. Alá = espécie de pano branco. Alabá = nome de um sacerdote do culto aos ancestrais. Alabê = tocadores de atabaque. Alafiá = felicidade; tudo de bom. Alafin = invocação de Xangô: nome do rei de Oió - Nigéria. Alapini = nome sacerdotal do culto aos ancestrais. Alasê = cozinheira. Alé = noite. Apaoká = uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá. Aramefá = conselho de Oxossi, composto de seis pessoas. Aré = nome do primeiro Obá de Xangô. Ararekolê = como vai? Aressá = um dos Obá da esquerda de Xangô. Ariaxé = banho na fonte no início das obrigações. Arô = nome que se dá ao par de chifres de boi usado p/ chamar Oxossi. Arôlu = nome de um dos Obá da direita de Xangô. Assobá = sumo sacerdote do culto de Obaluaiyê. Ati = e (conjunção). Atori = vara pequena usada no culto de Oxalá. Auá = nós. Anon = eles. Axedá = oriki, nome sacerdotal. Axo = roupa. Axogun = o encarregado dos sacrifícios. A-ian-madê = como vão os meninos? Adupé-lewô-olorun = graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha saúde até hoje. Alabaxé = o que põe e dispões de tudo. Alayê = possuidor da vida. Axé = força espiritual e também a palavra amém. Ayê = céu. Agô = licença. Am-nó = o misericordioso. Aba-laxé-di = cerimônia da feitura do santo. Axexê = cerimônia fúnebre do sétimo dia. Amadossi d'Orixá = cerimônia do dia do santo dar o nome. Amacy no ori = cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas. Aiê = terra, festa do ano novo. Ataré = pimenta da costa. Amalá = comida feita de quiabo com ebá - angú de farinha. Abará = bolo feito com feijão e frito no epô. Akará = bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô. Akarajé = o mesmo que o Akará. Afurá = bolo feito com arroz. Ambrozó = feito de farinha de milho. Abân = coco. Ajé = sangue. Ajeun = comida. Aguxó = espécie de legumes.
- B - Babá = pai. Babalaô = sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas através do jogo. Badá = título sacerdotal. Baiani = orixá considerada mãe de Xangô. Balé = chefe de comunidade. Balué = Banheiro. Bamboxê = sacerdote do culto de Xangô. Bé = pular, pedir. Beji = orixá dos gêmeos. Bi = nascer, perguntar. Bibá = está aceito. Bibé = está seco. Biuá = nasceu para nós. Biyi = nasceu aqui, agora. Bó = adorar Bô = cobrir. Bobô = todos. Bodê = estar fora. Bóri = oferenda a cabeça. Borogun = Oriki, aquele que adora Ogun, saudação da família.
- D - - E - Ebá = pirão de farinha de mandioca ou inhame. Ebé = sociedade. Ebô = comida feita de milho branco, especial para Oxalá. Ebo = sacrifício ou oferenda. Edun = nome próprio. Egun = espírito ancestral. Eie = pombo. Ejé = sangue. Ejilaeborá = nome que se dá às doze qualidades de Xangô. Ejionilé = nome de um Odu, jogo do orixá ifá. Ekó = comida feita com milho branco ou de galinha; acaça. Eku = preá. Elebó = aquele que faz o sacrifício. Eledá = orixá, guia, criador da pessoa. Elemaxó = título de um sacerdote no culto de Oxalá. Elerin = um dos Obá da esquerda de Xangô. Elessé = que está aos pés, seguidor. Êpa = amendoim. Éran = carne. Êrê = as esculturas do orixá beji (dos gêmeos). Eru = carrego. Erúkéré = emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá, Egun e pessoas importantes do culto. Etu = conquém. Euá = nome de um orixá. Exu = nome de um importante orixá erradamente associado ao diabo católico.
- F - - G - - I - Iangui = nome do rei dos Exu. Ianlé = as partes da comida que são oferecidas ao orixá. Iansan = orixá patrono dos ventos, do rio Niger e dos relâmpagos. Ibá = cuia. Ibi = aqui. ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas. Ibó = lugar de adoração. Ibô = mato. Iemanjá = orixá patrono das águas correntes. Ijexá = nome de uma região da Nigéria e de um toque para orixá Oxum, Oxála e Ogun. Iká = modo de deitar-se das pessoas de orixá feminino, para saudação. Iku = morte. Ilê = casa. Ilé = terra. Inã = fogo. Ipeté = inhame cozido, pisado, temperado com camarão seco, sal, azeite de dendê e cebola. Irê = bondade. Iuindejà = título sacerdotal. Iuintonã = título sacerdotal. Ixu = inhame. Iyá = mãe. Iyabasé = cozinheira. Iyalaxé = mãe do axé do terreiro. Iyalodé = um alto título, líder entre as mulheres. Iyalorixá = Zeladora do culto, mãe do orixá. Iyamasê = orixá da casa de Xangô. Iyamorô = título de uma sacerdotisa do templo de Obaluaiyê. Iyaô = nome dos iniciados antes de sete anos de iniciação.
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Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
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NAÇÃO KETU
O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de orixá.
A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de forma oral.
Basicamente este culto está assim organizado:
Leia mais em Mais Informações
Olorun - Senhor Supremo ou Deus Todo Poderoso.
Olodumare – Senhor do Destino .
Orunmilá – Divindade da Sabedoria (Senhor do Oráculo de Ifá)
Orixá – Divindade de Comunicação entre Olodumare e os homens, também chamado de elegun, onde a palavra elegun quer dizer
"aquele que pode ser possuído pelo Orixá".
Egungun – Espíritos dos Ancestrais
Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos explicações plausíveis para determinados ritos.
O MITO DA CRIAÇÃO Yorubá: Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos e um camaleão.
A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.
Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda à Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda à Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo outra alternativa, Oxalá furou com seu opasoro o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se podia ver no Bosque de Olose.
Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada à Oxalá: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então derrotado e Oduduwa tornou-se o primeiro Oba Oni Ifé ou "O primeiro Rei de Ifé".
Cargos (postos) ocupados em um Ilê Axé
Olóyès , Ogãns e Àjòiès
Iyalorixá/Babalorixá: | Mãe ou Pai de Santo, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás. |
Iyaegbé/Babaegbé: | É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto paralelo ao da Iyalorixá ou Babalorixá. |
Iyalaxé: | Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores. |
Iyakekere: | Mãe pequena do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê. |
Ojubonã: | É a mãe criadeira. |
Iyamoro: | Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna. |
Iyaefun/Babaefun: | Responsável pela pintura dos Iyawos. |
Iyadagan: | Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan. |
Iyabassé: | Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxilia-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual. |
Iyarubá: | Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro. |
Aiyaba Ewe: | Responsável em determinados atos em obrigações de "cantar folhas". Geralmente filhas de Oxun. |
Aiybá: | Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi. |
Ològun: | Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê. |
Oloya: | Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya. |
Mayê: | Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú. |
Agbeni Oyê: | Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa. |
Oyê: | Se relaciona com a Yaefun/Babaefun; ou seja, coisas de AWO para iniciação. |
Olopondá: | Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto. |
Iyalabaké: | Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar de obrigação. |
Kólàbá: | Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo. |
Agimuda: | Relação com o Ipadê de Exú. Aquela que carrega a espada. Titulo feminino usado no culto de Oya e Geledé. |
Iyatojuomó: | Responsável pelas crianças do Axé. |
Iyasíhà | Aiyabá é quem segura o estandarte de Oxalá. |
Omolàra: | Posto de confiança. |
Sarapegbé: | Mensageiro de coisas civis e de awo. |
Akòwé Ilê Xangô: | É a Secretária da casa de Xângo. Zelo, Orô e compras. |
Babalossayn: | Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância. |
Outros Vocabulários da Língua Yorubá |
- A - Adó = comida feita com pipocas em grão e epô. Abá = pessoa idosa, velho. Abadá = blusão usado pelos homens africanos. Abadó = milho de galinha. Abará = nome de uma comida de origem africana. Abébé = leque. Abiodum = um dos Obá da direita de Xangô. Adê = coroa. Adetá = Oriki, nome sacerdotal. Adun = comida de Oxun, milho pilado, azeite dendê e mel. Afonjá = uma qualidade de Xangô. Agboulá = nome de um Egun. Agôgô = instrumento musical feito de ferro. Ayabá = orixá feminino, senhora idosa. Aiê = o mundo terrestre. Airá = uma qualidade de Xangô. Ajá = campainha, sino. Ajimudá = título sacerdotal. Akôrô = uma das invocações e dos nomes de Ogun. Aku = obrigação funerária. akukó = galo. Alá = espécie de pano branco. Alabá = nome de um sacerdote do culto aos ancestrais. Alabê = tocadores de atabaque. Alafiá = felicidade; tudo de bom. Alafin = invocação de Xangô: nome do rei de Oió - Nigéria. Alapini = nome sacerdotal do culto aos ancestrais. Alasê = cozinheira. Alé = noite. Apaoká = uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá. Aramefá = conselho de Oxossi, composto de seis pessoas. Aré = nome do primeiro Obá de Xangô. Ararekolê = como vai? Aressá = um dos Obá da esquerda de Xangô. Ariaxé = banho na fonte no início das obrigações. Arô = nome que se dá ao par de chifres de boi usado p/ chamar Oxossi. Arôlu = nome de um dos Obá da direita de Xangô. Assobá = sumo sacerdote do culto de Obaluaiyê. Ati = e (conjunção). Atori = vara pequena usada no culto de Oxalá. Auá = nós. Anon = eles. Axedá = oriki, nome sacerdotal. Axo = roupa. Axogun = o encarregado dos sacrifícios. A-ian-madê = como vão os meninos? Adupé-lewô-olorun = graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha saúde até hoje. Alabaxé = o que põe e dispões de tudo. Alayê = possuidor da vida. Axé = força espiritual e também a palavra amém. Ayê = céu. Agô = licença. Am-nó = o misericordioso. Aba-laxé-di = cerimônia da feitura do santo. Axexê = cerimônia fúnebre do sétimo dia. Amadossi d'Orixá = cerimônia do dia do santo dar o nome. Amacy no ori = cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas. Aiê = terra, festa do ano novo. Ataré = pimenta da costa. Amalá = comida feita de quiabo com ebá - angú de farinha. Abará = bolo feito com feijão e frito no epô. Akará = bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô. Akarajé = o mesmo que o Akará. Afurá = bolo feito com arroz. Ambrozó = feito de farinha de milho. Abân = coco. Ajé = sangue. Ajeun = comida. Aguxó = espécie de legumes.
- B - Babá = pai. Babalaô = sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas através do jogo. Badá = título sacerdotal. Baiani = orixá considerada mãe de Xangô. Balé = chefe de comunidade. Balué = Banheiro. Bamboxê = sacerdote do culto de Xangô. Bé = pular, pedir. Beji = orixá dos gêmeos. Bi = nascer, perguntar. Bibá = está aceito. Bibé = está seco. Biuá = nasceu para nós. Biyi = nasceu aqui, agora. Bó = adorar Bô = cobrir. Bobô = todos. Bodê = estar fora. Bóri = oferenda a cabeça. Borogun = Oriki, aquele que adora Ogun, saudação da família.
- D - - E - Ebá = pirão de farinha de mandioca ou inhame. Ebé = sociedade. Ebô = comida feita de milho branco, especial para Oxalá. Ebo = sacrifício ou oferenda. Edun = nome próprio. Egun = espírito ancestral. Eie = pombo. Ejé = sangue. Ejilaeborá = nome que se dá às doze qualidades de Xangô. Ejionilé = nome de um Odu, jogo do orixá ifá. Ekó = comida feita com milho branco ou de galinha; acaça. Eku = preá. Elebó = aquele que faz o sacrifício. Eledá = orixá, guia, criador da pessoa. Elemaxó = título de um sacerdote no culto de Oxalá. Elerin = um dos Obá da esquerda de Xangô. Elessé = que está aos pés, seguidor. Êpa = amendoim. Éran = carne. Êrê = as esculturas do orixá beji (dos gêmeos). Eru = carrego. Erúkéré = emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá, Egun e pessoas importantes do culto. Etu = conquém. Euá = nome de um orixá. Exu = nome de um importante orixá erradamente associado ao diabo católico.
- F - - G - - I - Iangui = nome do rei dos Exu. Ianlé = as partes da comida que são oferecidas ao orixá. Iansan = orixá patrono dos ventos, do rio Niger e dos relâmpagos. Ibá = cuia. Ibi = aqui. ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas. Ibó = lugar de adoração. Ibô = mato. Iemanjá = orixá patrono das águas correntes. Ijexá = nome de uma região da Nigéria e de um toque para orixá Oxum, Oxála e Ogun. Iká = modo de deitar-se das pessoas de orixá feminino, para saudação. Iku = morte. Ilê = casa. Ilé = terra. Inã = fogo. Ipeté = inhame cozido, pisado, temperado com camarão seco, sal, azeite de dendê e cebola. Irê = bondade. Iuindejà = título sacerdotal. Iuintonã = título sacerdotal. Ixu = inhame. Iyá = mãe. Iyabasé = cozinheira. Iyalaxé = mãe do axé do terreiro. Iyalodé = um alto título, líder entre as mulheres. Iyalorixá = Zeladora do culto, mãe do orixá. Iyamasê = orixá da casa de Xangô. Iyamorô = título de uma sacerdotisa do templo de Obaluaiyê. Iyaô = nome dos iniciados antes de sete anos de iniciação.
|
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
NAÇÃO KETU
O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de orixá.
A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de forma oral.
Basicamente este culto está assim organizado:
Leia mais em Mais Informações
Olorun - Senhor Supremo ou Deus Todo Poderoso.
Olodumare – Senhor do Destino .
Orunmilá – Divindade da Sabedoria (Senhor do Oráculo de Ifá)
Orixá – Divindade de Comunicação entre Olodumare e os homens, também chamado de elegun, onde a palavra elegun quer dizer
"aquele que pode ser possuído pelo Orixá".
Egungun – Espíritos dos Ancestrais
Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos explicações plausíveis para determinados ritos.
O MITO DA CRIAÇÃO Yorubá: Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos e um camaleão.
A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.
Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda à Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda à Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo outra alternativa, Oxalá furou com seu opasoro o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se podia ver no Bosque de Olose.
Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada à Oxalá: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então derrotado e Oduduwa tornou-se o primeiro Oba Oni Ifé ou "O primeiro Rei de Ifé".
Cargos (postos) ocupados em um Ilê Axé
Olóyès , Ogãns e Àjòiès
Iyalorixá/Babalorixá: | Mãe ou Pai de Santo, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás. |
Iyaegbé/Babaegbé: | É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto paralelo ao da Iyalorixá ou Babalorixá. |
Iyalaxé: | Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores. |
Iyakekere: | Mãe pequena do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê. |
Ojubonã: | É a mãe criadeira. |
Iyamoro: | Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna. |
Iyaefun/Babaefun: | Responsável pela pintura dos Iyawos. |
Iyadagan: | Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan. |
Iyabassé: | Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxilia-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual. |
Iyarubá: | Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro. |
Aiyaba Ewe: | Responsável em determinados atos em obrigações de "cantar folhas". Geralmente filhas de Oxun. |
Aiybá: | Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi. |
Ològun: | Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê. |
Oloya: | Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya. |
Mayê: | Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú. |
Agbeni Oyê: | Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa. |
Oyê: | Se relaciona com a Yaefun/Babaefun; ou seja, coisas de AWO para iniciação. |
Olopondá: | Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto. |
Iyalabaké: | Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar de obrigação. |
Kólàbá: | Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo. |
Agimuda: | Relação com o Ipadê de Exú. Aquela que carrega a espada. Titulo feminino usado no culto de Oya e Geledé. |
Iyatojuomó: | Responsável pelas crianças do Axé. |
Iyasíhà | Aiyabá é quem segura o estandarte de Oxalá. |
Omolàra: | Posto de confiança. |
Sarapegbé: | Mensageiro de coisas civis e de awo. |
Akòwé Ilê Xangô: | É a Secretária da casa de Xângo. Zelo, Orô e compras. |
Babalossayn: | Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância. |
Outros Vocabulários da Língua Yorubá |
- A - Adó = comida feita com pipocas em grão e epô. Abá = pessoa idosa, velho. Abadá = blusão usado pelos homens africanos. Abadó = milho de galinha. Abará = nome de uma comida de origem africana. Abébé = leque. Abiodum = um dos Obá da direita de Xangô. Adê = coroa. Adetá = Oriki, nome sacerdotal. Adun = comida de Oxun, milho pilado, azeite dendê e mel. Afonjá = uma qualidade de Xangô. Agboulá = nome de um Egun. Agôgô = instrumento musical feito de ferro. Ayabá = orixá feminino, senhora idosa. Aiê = o mundo terrestre. Airá = uma qualidade de Xangô. Ajá = campainha, sino. Ajimudá = título sacerdotal. Akôrô = uma das invocações e dos nomes de Ogun. Aku = obrigação funerária. akukó = galo. Alá = espécie de pano branco. Alabá = nome de um sacerdote do culto aos ancestrais. Alabê = tocadores de atabaque. Alafiá = felicidade; tudo de bom. Alafin = invocação de Xangô: nome do rei de Oió - Nigéria. Alapini = nome sacerdotal do culto aos ancestrais. Alasê = cozinheira. Alé = noite. Apaoká = uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá. Aramefá = conselho de Oxossi, composto de seis pessoas. Aré = nome do primeiro Obá de Xangô. Ararekolê = como vai? Aressá = um dos Obá da esquerda de Xangô. Ariaxé = banho na fonte no início das obrigações. Arô = nome que se dá ao par de chifres de boi usado p/ chamar Oxossi. Arôlu = nome de um dos Obá da direita de Xangô. Assobá = sumo sacerdote do culto de Obaluaiyê. Ati = e (conjunção). Atori = vara pequena usada no culto de Oxalá. Auá = nós. Anon = eles. Axedá = oriki, nome sacerdotal. Axo = roupa. Axogun = o encarregado dos sacrifícios. A-ian-madê = como vão os meninos? Adupé-lewô-olorun = graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha saúde até hoje. Alabaxé = o que põe e dispões de tudo. Alayê = possuidor da vida. Axé = força espiritual e também a palavra amém. Ayê = céu. Agô = licença. Am-nó = o misericordioso. Aba-laxé-di = cerimônia da feitura do santo. Axexê = cerimônia fúnebre do sétimo dia. Amadossi d'Orixá = cerimônia do dia do santo dar o nome. Amacy no ori = cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas. Aiê = terra, festa do ano novo. Ataré = pimenta da costa. Amalá = comida feita de quiabo com ebá - angú de farinha. Abará = bolo feito com feijão e frito no epô. Akará = bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô. Akarajé = o mesmo que o Akará. Afurá = bolo feito com arroz. Ambrozó = feito de farinha de milho. Abân = coco. Ajé = sangue. Ajeun = comida. Aguxó = espécie de legumes.
- B - Babá = pai. Babalaô = sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas através do jogo. Badá = título sacerdotal. Baiani = orixá considerada mãe de Xangô. Balé = chefe de comunidade. Balué = Banheiro. Bamboxê = sacerdote do culto de Xangô. Bé = pular, pedir. Beji = orixá dos gêmeos. Bi = nascer, perguntar. Bibá = está aceito. Bibé = está seco. Biuá = nasceu para nós. Biyi = nasceu aqui, agora. Bó = adorar Bô = cobrir. Bobô = todos. Bodê = estar fora. Bóri = oferenda a cabeça. Borogun = Oriki, aquele que adora Ogun, saudação da família.
- D - - E - Ebá = pirão de farinha de mandioca ou inhame. Ebé = sociedade. Ebô = comida feita de milho branco, especial para Oxalá. Ebo = sacrifício ou oferenda. Edun = nome próprio. Egun = espírito ancestral. Eie = pombo. Ejé = sangue. Ejilaeborá = nome que se dá às doze qualidades de Xangô. Ejionilé = nome de um Odu, jogo do orixá ifá. Ekó = comida feita com milho branco ou de galinha; acaça. Eku = preá. Elebó = aquele que faz o sacrifício. Eledá = orixá, guia, criador da pessoa. Elemaxó = título de um sacerdote no culto de Oxalá. Elerin = um dos Obá da esquerda de Xangô. Elessé = que está aos pés, seguidor. Êpa = amendoim. Éran = carne. Êrê = as esculturas do orixá beji (dos gêmeos). Eru = carrego. Erúkéré = emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá, Egun e pessoas importantes do culto. Etu = conquém. Euá = nome de um orixá. Exu = nome de um importante orixá erradamente associado ao diabo católico.
- F - - G - - I - Iangui = nome do rei dos Exu. Ianlé = as partes da comida que são oferecidas ao orixá. Iansan = orixá patrono dos ventos, do rio Niger e dos relâmpagos. Ibá = cuia. Ibi = aqui. ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas. Ibó = lugar de adoração. Ibô = mato. Iemanjá = orixá patrono das águas correntes. Ijexá = nome de uma região da Nigéria e de um toque para orixá Oxum, Oxála e Ogun. Iká = modo de deitar-se das pessoas de orixá feminino, para saudação. Iku = morte. Ilê = casa. Ilé = terra. Inã = fogo. Ipeté = inhame cozido, pisado, temperado com camarão seco, sal, azeite de dendê e cebola. Irê = bondade. Iuindejà = título sacerdotal. Iuintonã = título sacerdotal. Ixu = inhame. Iyá = mãe. Iyabasé = cozinheira. Iyalaxé = mãe do axé do terreiro. Iyalodé = um alto título, líder entre as mulheres. Iyalorixá = Zeladora do culto, mãe do orixá. Iyamasê = orixá da casa de Xangô. Iyamorô = título de uma sacerdotisa do templo de Obaluaiyê. Iyaô = nome dos iniciados antes de sete anos de iniciação.
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Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
NAÇÃO KETU
O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de orixá.
A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de forma oral.
Basicamente este culto está assim organizado:
Leia mais em Mais Informações
Olorun - Senhor Supremo ou Deus Todo Poderoso.
Olodumare – Senhor do Destino .
Orunmilá – Divindade da Sabedoria (Senhor do Oráculo de Ifá)
Orixá – Divindade de Comunicação entre Olodumare e os homens, também chamado de elegun, onde a palavra elegun quer dizer
"aquele que pode ser possuído pelo Orixá".
Egungun – Espíritos dos Ancestrais
Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos explicações plausíveis para determinados ritos.
O MITO DA CRIAÇÃO Yorubá: Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos e um camaleão.
A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.
Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda à Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda à Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo outra alternativa, Oxalá furou com seu opasoro o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se podia ver no Bosque de Olose.
Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada à Oxalá: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então derrotado e Oduduwa tornou-se o primeiro Oba Oni Ifé ou "O primeiro Rei de Ifé".
Cargos (postos) ocupados em um Ilê Axé
Olóyès , Ogãns e Àjòiès
Iyalorixá/Babalorixá: | Mãe ou Pai de Santo, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás. |
Iyaegbé/Babaegbé: | É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto paralelo ao da Iyalorixá ou Babalorixá. |
Iyalaxé: | Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores. |
Iyakekere: | Mãe pequena do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê. |
Ojubonã: | É a mãe criadeira. |
Iyamoro: | Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna. |
Iyaefun/Babaefun: | Responsável pela pintura dos Iyawos. |
Iyadagan: | Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan. |
Iyabassé: | Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxilia-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual. |
Iyarubá: | Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro. |
Aiyaba Ewe: | Responsável em determinados atos em obrigações de "cantar folhas". Geralmente filhas de Oxun. |
Aiybá: | Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi. |
Ològun: | Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê. |
Oloya: | Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya. |
Mayê: | Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú. |
Agbeni Oyê: | Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa. |
Oyê: | Se relaciona com a Yaefun/Babaefun; ou seja, coisas de AWO para iniciação. |
Olopondá: | Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto. |
Iyalabaké: | Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar de obrigação. |
Kólàbá: | Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo. |
Agimuda: | Relação com o Ipadê de Exú. Aquela que carrega a espada. Titulo feminino usado no culto de Oya e Geledé. |
Iyatojuomó: | Responsável pelas crianças do Axé. |
Iyasíhà | Aiyabá é quem segura o estandarte de Oxalá. |
Omolàra: | Posto de confiança. |
Sarapegbé: | Mensageiro de coisas civis e de awo. |
Akòwé Ilê Xangô: | É a Secretária da casa de Xângo. Zelo, Orô e compras. |
Babalossayn: | Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância. |
Outros Vocabulários da Língua Yorubá |
- A - Adó = comida feita com pipocas em grão e epô. Abá = pessoa idosa, velho. Abadá = blusão usado pelos homens africanos. Abadó = milho de galinha. Abará = nome de uma comida de origem africana. Abébé = leque. Abiodum = um dos Obá da direita de Xangô. Adê = coroa. Adetá = Oriki, nome sacerdotal. Adun = comida de Oxun, milho pilado, azeite dendê e mel. Afonjá = uma qualidade de Xangô. Agboulá = nome de um Egun. Agôgô = instrumento musical feito de ferro. Ayabá = orixá feminino, senhora idosa. Aiê = o mundo terrestre. Airá = uma qualidade de Xangô. Ajá = campainha, sino. Ajimudá = título sacerdotal. Akôrô = uma das invocações e dos nomes de Ogun. Aku = obrigação funerária. akukó = galo. Alá = espécie de pano branco. Alabá = nome de um sacerdote do culto aos ancestrais. Alabê = tocadores de atabaque. Alafiá = felicidade; tudo de bom. Alafin = invocação de Xangô: nome do rei de Oió - Nigéria. Alapini = nome sacerdotal do culto aos ancestrais. Alasê = cozinheira. Alé = noite. Apaoká = uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá. Aramefá = conselho de Oxossi, composto de seis pessoas. Aré = nome do primeiro Obá de Xangô. Ararekolê = como vai? Aressá = um dos Obá da esquerda de Xangô. Ariaxé = banho na fonte no início das obrigações. Arô = nome que se dá ao par de chifres de boi usado p/ chamar Oxossi. Arôlu = nome de um dos Obá da direita de Xangô. Assobá = sumo sacerdote do culto de Obaluaiyê. Ati = e (conjunção). Atori = vara pequena usada no culto de Oxalá. Auá = nós. Anon = eles. Axedá = oriki, nome sacerdotal. Axo = roupa. Axogun = o encarregado dos sacrifícios. A-ian-madê = como vão os meninos? Adupé-lewô-olorun = graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha saúde até hoje. Alabaxé = o que põe e dispões de tudo. Alayê = possuidor da vida. Axé = força espiritual e também a palavra amém. Ayê = céu. Agô = licença. Am-nó = o misericordioso. Aba-laxé-di = cerimônia da feitura do santo. Axexê = cerimônia fúnebre do sétimo dia. Amadossi d'Orixá = cerimônia do dia do santo dar o nome. Amacy no ori = cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas. Aiê = terra, festa do ano novo. Ataré = pimenta da costa. Amalá = comida feita de quiabo com ebá - angú de farinha. Abará = bolo feito com feijão e frito no epô. Akará = bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô. Akarajé = o mesmo que o Akará. Afurá = bolo feito com arroz. Ambrozó = feito de farinha de milho. Abân = coco. Ajé = sangue. Ajeun = comida. Aguxó = espécie de legumes.
- B - Babá = pai. Babalaô = sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas através do jogo. Badá = título sacerdotal. Baiani = orixá considerada mãe de Xangô. Balé = chefe de comunidade. Balué = Banheiro. Bamboxê = sacerdote do culto de Xangô. Bé = pular, pedir. Beji = orixá dos gêmeos. Bi = nascer, perguntar. Bibá = está aceito. Bibé = está seco. Biuá = nasceu para nós. Biyi = nasceu aqui, agora. Bó = adorar Bô = cobrir. Bobô = todos. Bodê = estar fora. Bóri = oferenda a cabeça. Borogun = Oriki, aquele que adora Ogun, saudação da família.
- D - - E - Ebá = pirão de farinha de mandioca ou inhame. Ebé = sociedade. Ebô = comida feita de milho branco, especial para Oxalá. Ebo = sacrifício ou oferenda. Edun = nome próprio. Egun = espírito ancestral. Eie = pombo. Ejé = sangue. Ejilaeborá = nome que se dá às doze qualidades de Xangô. Ejionilé = nome de um Odu, jogo do orixá ifá. Ekó = comida feita com milho branco ou de galinha; acaça. Eku = preá. Elebó = aquele que faz o sacrifício. Eledá = orixá, guia, criador da pessoa. Elemaxó = título de um sacerdote no culto de Oxalá. Elerin = um dos Obá da esquerda de Xangô. Elessé = que está aos pés, seguidor. Êpa = amendoim. Éran = carne. Êrê = as esculturas do orixá beji (dos gêmeos). Eru = carrego. Erúkéré = emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá, Egun e pessoas importantes do culto. Etu = conquém. Euá = nome de um orixá. Exu = nome de um importante orixá erradamente associado ao diabo católico.
- F - - G - - I - Iangui = nome do rei dos Exu. Ianlé = as partes da comida que são oferecidas ao orixá. Iansan = orixá patrono dos ventos, do rio Niger e dos relâmpagos. Ibá = cuia. Ibi = aqui. ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas. Ibó = lugar de adoração. Ibô = mato. Iemanjá = orixá patrono das águas correntes. Ijexá = nome de uma região da Nigéria e de um toque para orixá Oxum, Oxála e Ogun. Iká = modo de deitar-se das pessoas de orixá feminino, para saudação. Iku = morte. Ilê = casa. Ilé = terra. Inã = fogo. Ipeté = inhame cozido, pisado, temperado com camarão seco, sal, azeite de dendê e cebola. Irê = bondade. Iuindejà = título sacerdotal. Iuintonã = título sacerdotal. Ixu = inhame. Iyá = mãe. Iyabasé = cozinheira. Iyalaxé = mãe do axé do terreiro. Iyalodé = um alto título, líder entre as mulheres. Iyalorixá = Zeladora do culto, mãe do orixá. Iyamasê = orixá da casa de Xangô. Iyamorô = título de uma sacerdotisa do templo de Obaluaiyê. Iyaô = nome dos iniciados antes de sete anos de iniciação.
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Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
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NAÇÃO JEJE
A palavra JEJE vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro.
Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos.
O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindoda região de Dahomé e pelos povos mahins.
Jeje era o nome dado de forma perjurativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava Nanã.
Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons).
O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte.
Todas essas tribos eram de povos Jeje.
Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como:
Axantis | Gans | Agonis | Popós | Crus, dentre outros. |
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Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas, dialetos e cultuando os mesmos Voduns.
As diferenças vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis,Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua.
Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão
e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira e São Félix.
Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e Cachoeira e São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde encontram-se evidências desta cultura.
Os Voduns:Segue alguns nomes dos Deuses Voduns:
*Ayzan - Vodun da nata da terra
*Sogbô - Vodun do trovão da família de Heviosso
*Aguê - Vodun da folhagem
*Loko - Vodun do tempo
Os vodun-ses da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviuno, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné.
Os cumprimentos ou pedidos de bençãos entre os iniciados da família de Dan seria
“Megitó Benoí?” Resposta: “Benoí”; e aos iniciados da família Kaviuno, ou seja, Doté e Doné seria “Doté Ao?” Resposta: "Aótin".O termo usado "Okolofé", cuja resposta é "Olorun Kolofé" vem da fusão das Nações de Jeje e de Ketu.Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, o culto desses voduns só cresceram no antigo Dahomé.
Muitos desses Voduns não se fundiram com os orixás nagos e desapareceram totalmente.
O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.
Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém.
Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que nasce em cima da terra.
É o vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko.
Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore muito importante na nação Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses.
Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse.,A palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se
Kwe = "casa". A casa matricial em Cachoeira e São Félix chama-se Kwe Ceja Undé.
Toda casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaço com árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende de animais, porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultos com os animais tais como, o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que são identificados com os voduns. Então, este espaço sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Runpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé, Runpame. No Maranhão predomina o culto às divindades como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada Noche e o cargo masculino, Toivoduno.
Histórico - no Brasil: "Kwe Ceja Undé", esta casa , é chamada em Cachoeira de "Roça de Baixo" foi fundada por escravos como Manoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa.Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o dono da terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa Kwe ainda seria chamada de Pozerren, que vem de Kipó, "pantera".
A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá Romana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo Loko-se.
O Kwe Ceja Undé encontra-se em controvérsia, ou seja, Gamo Loko-se é escolhida por Sinhá Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves de Souza, vem a ser a dona da terra atualmente.
Ela pertence a família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja Undé.
NoRio de Janeiro, saindo de Cachoeira , Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense, conhecida como Kisinbi Kisinbi.Os Cargos: Os demais cargos são os mais importantes na hierarquiaBabalawo:Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá.O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e segredos no culto à Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá recebe o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje tem o nome de agú-magá. Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e o Babalawo é denominado de Bokunó.
- Ogan: Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.
No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.A Nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízes profundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos negros ao Brasil.- AJOIÉ E EKEDI:A palavra “ajoié” é correspondente feminino de ogan pois, a palavra ekedi, ou ekejí, vem do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje.Portanto, o correspondente yorubá de ekedi é ajoié, onde a palavra ajoié significa“mãe que o orixá escolheu e confirmou”.Assim como os demais oloyés,
uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão.
Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os componentes da casa de orixá, devendo-se trocar com ela pedidos de bençãos. Os comportamentos determinados para os ogans devem ser seguidos pelas ajoiés.Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho no barracão e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.
A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos omo-orixás manifestados. Uma ajoié ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias partes do barracão nestes dias.
Mas, a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas. Uma ajoié também é porta-voz do orixá em terra.
É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa.
No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de "makota de angúzo".
Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil, seja qual for a Nação.
- ABIYAN:Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.
A palavra Abiyan quer dizer:Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer dizer “caminho”.
As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer “aquele que começa”, “um novo caminho”. O Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e, até em alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é classificado.Pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudar na decoração do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.
O período de Abiyan é de muita importância pois, é nesse período que o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.
Dialeto ewe
Algumas Palavras mais utilizadas
*esin = água *atinçá = árvore *agrusa = porco *kpo = pote *zó ou izó = fogo *avun = cachorro *nivu = bezerro *bakuxé = parto de barro *kuentó = kuentó *yan = fio de contas *vodun-se = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje *yawo = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu *muzenza = filho do vodun ou iniciados da Nação Angola *tó = banho *zandro = cerimônia Jeje *sidagã = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba *zerrin = ritual fúnebre Jeje *sarapocã = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa pública de apresentação do(a) iniciado(a) no Jeje *sabaji = quarto sagrado onde fica os assentos dos Voduns *runjebe = colar de contas usado após 07(sete) anos de iniciação *runbono = primeiro filho iniciado na Casa Jeje *rundeme = quarto onde fica os Voduns *ronco = quarto sagrado de iniciação *bejereçu = cerimônia de matança |
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
NAÇÃO JEJE
A palavra JEJE vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro.
Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos.
O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindoda região de Dahomé e pelos povos mahins.
Jeje era o nome dado de forma perjurativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava Nanã.
Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons).
O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte.
Todas essas tribos eram de povos Jeje.
Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como:
Axantis | Gans | Agonis | Popós | Crus, dentre outros. |
Leia mais em Mais Informações
Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas, dialetos e cultuando os mesmos Voduns.
As diferenças vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis,Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua.
Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão
e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira e São Félix.
Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e Cachoeira e São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde encontram-se evidências desta cultura.
Os Voduns:Segue alguns nomes dos Deuses Voduns:
*Ayzan - Vodun da nata da terra
*Sogbô - Vodun do trovão da família de Heviosso
*Aguê - Vodun da folhagem
*Loko - Vodun do tempo
Os vodun-ses da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviuno, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné.
Os cumprimentos ou pedidos de bençãos entre os iniciados da família de Dan seria
“Megitó Benoí?” Resposta: “Benoí”; e aos iniciados da família Kaviuno, ou seja, Doté e Doné seria “Doté Ao?” Resposta: "Aótin".O termo usado "Okolofé", cuja resposta é "Olorun Kolofé" vem da fusão das Nações de Jeje e de Ketu.Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, o culto desses voduns só cresceram no antigo Dahomé.
Muitos desses Voduns não se fundiram com os orixás nagos e desapareceram totalmente.
O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.
Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém.
Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que nasce em cima da terra.
É o vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko.
Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore muito importante na nação Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses.
Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse.,A palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se
Kwe = "casa". A casa matricial em Cachoeira e São Félix chama-se Kwe Ceja Undé.
Toda casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaço com árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende de animais, porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultos com os animais tais como, o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que são identificados com os voduns. Então, este espaço sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Runpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé, Runpame. No Maranhão predomina o culto às divindades como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada Noche e o cargo masculino, Toivoduno.
Histórico - no Brasil: "Kwe Ceja Undé", esta casa , é chamada em Cachoeira de "Roça de Baixo" foi fundada por escravos como Manoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa.Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o dono da terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa Kwe ainda seria chamada de Pozerren, que vem de Kipó, "pantera".
A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá Romana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo Loko-se.
O Kwe Ceja Undé encontra-se em controvérsia, ou seja, Gamo Loko-se é escolhida por Sinhá Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves de Souza, vem a ser a dona da terra atualmente.
Ela pertence a família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja Undé.
NoRio de Janeiro, saindo de Cachoeira , Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense, conhecida como Kisinbi Kisinbi.Os Cargos: Os demais cargos são os mais importantes na hierarquiaBabalawo:Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá.O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e segredos no culto à Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá recebe o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje tem o nome de agú-magá. Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e o Babalawo é denominado de Bokunó.
- Ogan: Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.
No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.A Nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízes profundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos negros ao Brasil.- AJOIÉ E EKEDI:A palavra “ajoié” é correspondente feminino de ogan pois, a palavra ekedi, ou ekejí, vem do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje.Portanto, o correspondente yorubá de ekedi é ajoié, onde a palavra ajoié significa“mãe que o orixá escolheu e confirmou”.Assim como os demais oloyés,
uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão.
Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os componentes da casa de orixá, devendo-se trocar com ela pedidos de bençãos. Os comportamentos determinados para os ogans devem ser seguidos pelas ajoiés.Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho no barracão e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.
A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos omo-orixás manifestados. Uma ajoié ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias partes do barracão nestes dias.
Mas, a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas. Uma ajoié também é porta-voz do orixá em terra.
É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa.
No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de "makota de angúzo".
Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil, seja qual for a Nação.
- ABIYAN:Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.
A palavra Abiyan quer dizer:Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer dizer “caminho”.
As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer “aquele que começa”, “um novo caminho”. O Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e, até em alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é classificado.Pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudar na decoração do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.
O período de Abiyan é de muita importância pois, é nesse período que o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.
Dialeto ewe
Algumas Palavras mais utilizadas
*esin = água *atinçá = árvore *agrusa = porco *kpo = pote *zó ou izó = fogo *avun = cachorro *nivu = bezerro *bakuxé = parto de barro *kuentó = kuentó *yan = fio de contas *vodun-se = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje *yawo = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu *muzenza = filho do vodun ou iniciados da Nação Angola *tó = banho *zandro = cerimônia Jeje *sidagã = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba *zerrin = ritual fúnebre Jeje *sarapocã = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa pública de apresentação do(a) iniciado(a) no Jeje *sabaji = quarto sagrado onde fica os assentos dos Voduns *runjebe = colar de contas usado após 07(sete) anos de iniciação *runbono = primeiro filho iniciado na Casa Jeje *rundeme = quarto onde fica os Voduns *ronco = quarto sagrado de iniciação *bejereçu = cerimônia de matança |
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com